Eis as estradas.
Trilhas do mundo.
Ruas, avenidas, praças.
A graça e a desgraça
Sobre um mesmo plano de fundo.
Enraizadas no mesmo chão,
Aos dentes, disputam viajantes,
Que, dali em diante,
Irão a águas vibrantes
Do mar do sim e do não.
Infestam-se de atalhos.
Dão poder ao optar não permanente.
Autorizam o "pular de galho em galho"
Ao subsequente ou a outra vertente.
Pautam-se, no geral,
Entre Claro e Escuro,
Entre Bem e Mal
Sem haver indício de muros.
Circundam todo e qualquer ser.
Do menos ao mais religioso,
Do iluminado àquele do calabouço.
Toca sem piedade no que finge nada ver.
Os caminhos aí estão.
Largos e estreitos
Simples e complexos
Sempre imperfeitos
Pondo-nos sob o reflexo
Da vida sobre um mesmo chão
Constituem um labirinto
Onde quando falta Luz
O mal guia, conduz
Para longe do Amor infinito.
Emerge em boas decisões
Está num horizonte a reluzir
Antes? Um mundo de provações.
O caminho é árduo
Muita coisa até lá.
Exige admissão de fardo
Exige a insistência no bom estradar.