Desmancham minha liberdade de viver no Mundo da Lua, como se
eu fosse louca ao ponto de parar de habitar essa Estrela tão sã.
Vai, diz-me o
rumo certo que a minha subjetividade possa seguir, se ela mesma não possui
pista, régua, nem chão pra se limitar.
“O que eu sou?”, disse meu irmão caçula,
quase que inconscientemente. Expondo livre e surpreendente nu, seu pensamento
puro, quando minha mãe intimou a fazer o que foi mandado.
Diz. O que sou?
Até mesmo quando me coloco universal e pleno na busca do autoconhecimento, ainda
assim, não posso ser.
E então, o ser humano, responde, quase que num flash, e indaga
tão sereno que nem mesmo a barreira da coerência lógica no manual de como
responder a um chamado, foi capaz de fazer muro.
E agora, com a mesma audácia
destemida, vem e me revira a abandonar a minha Estrela, que talvez seja o único
lugar natural e límpido da iMundice do Mundo.
Sou nomeada, codificada Ailla,
(até nisso, rotulada por imposição do que já existia antes mesmo de nascer). E
por mais quimérico que possa parecer. Um dos significados do nome: Aura da Lua.
Só que não posso passar por essa afronta sem tentar ao
menos, desfigurar o significado, que sempre ronda e cutuca a menina de aura
lunar. Fui desafiada. E se me chamam a fechar a porta da minha Estrela, se
impõem esse enquadramento, então meu retorno custará na persistente indagação.
Se eu não posso caminhar em direção ao Mundo da Lua, desvenda
então, o trilhar do Mundo da Terra!
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